Dia Mundial de Prevenção de Quedas: por que precisamos falar sobre?

Texto originalmente publicado por Carlos Felipe dos Santos em 24/jun/23.
Disponível em https://medium.com/p/db80c78efe1d
Tempo de leitura: 3 min.

Hoje, 24 de junho, é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Quedas, ocorrendo uma série de ações em todo o país para a conscientização e prevenção. Mas, porque temos de falar sobre?

As quedas - definidas como deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial - são uma importante causa de lesões em qualquer faixa etária, sendo mais frequentes — e graves — nos idosos.

Quedas em idosos podem ser fatais. Imagem: divulgação.

Ao envelhecermos, naturalmente há a instalação do processo de senescência, em que ocorrem uma série de alterações fisiológicas que diminuem a qualidade de vida, como perda da força muscular, da visão, da função cognitiva etc. Esses fatores, associados ao uso de medicamentos para controlar diversas doenças (os quais trazem alguns prejuízos), disposição inadequada de mobiliários, comportamento não preventivo, dentre outros, aumentam a frequência e a sua gravidade. A recuperação é, naturalmente, prejudicada, e as taxas de óbitos, elevadas.

Segundo a OMS — Organização Mundial de Saúde, são cerca de 1 milhão de fraturas de fêmur no mundo todos os anos, das quais 600 mil são apenas no Brasil. Falar sobre as quedas é, portanto, extremamente importante, principalmente quando se estima que, até 2050, a população idosa no país triplique, passando de pouco mais de 19 milhões para 66,5 milhões.

A queda e suas consequências

Além da recuperação ser prejudicada pelos fatores anteriormente elencados, as quedas fazem com que os idosos percam ainda mais a sua capacidade funcional. Quando necessária, a internação o prejudica ainda mais, dado o risco do desenvolvimento de lesão por pressão, tromboembolismo venoso, infecções e, não menos importante, impactos psicológicos. 

Dentre lesões provocadas pelas quedas, destacam-se as fraturas de fêmur. A recuperação quase nunca é completa e o risco de embolia pulmonar é altíssimo, já que pequenos pedaços de gordura costumam se descolar do osso até o pulmão. Além disso, há o traumatismo crânio encefálico, que também costuma evoluir mal.

Prevenindo quedas 

O acompanhamento médico regular se faz imprescindível nesta fase da vida. Além disso, outras ações simples podem garantir a segurança do idoso:

Além de seguir estas dicas, o idoso pode — e deve — realizar atividades como hidroginástica, exercícios aeróbicos de baixa intensidade etc, sempre orientado por um profissional.

Hidroginástica é grande aliada na promoção da saúde entre idosos. Imagem: FatCamera.

Aplicativo ajuda na prevenção

Sabendo que a maior parte das quedas em idosos ocorrem dentro de casa, o Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com a GAZ Games, criaram o aplicativo “Não deixe a vovó cair”, o qual ajuda a reduzir os riscos no ambiente domiciliar por meio de dicas durante a diversão. No jogo, o usuário deve, com o auxílio de um cão, fazer pequenas alterações nos ambientes da casa, garantindo a segurança do idoso.

Tela inicial do aplicativo “Não deixa a vovó Cair”. Imagem: GAZ Games.

Você pode baixá-lo, para Android, aqui.



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