Em 2022, AVC já matou mais de 87 mil pessoas. Você sabe reconhecer?

Texto originalmente publicado por Carlos Felipe dos Santos em 11/jan/23.
Disponível em https://medium.com/p/8f3f426f2e0e
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Popularmente chamado de derrame, o AVC é um comprometimento neurológico decorrente da interrupção do fluxo sanguíneo em determinada região do tecido do encéfalo, que inclui, entre as diversas estruturas do sistema nervoso central, o cérebro. 

Imagem de Gordon Johnson por Pixabay

Do início deste ano até 13 de outubro foram registrados 87.518 mortes por derrame, o equivalente à média de 12 óbitos por hora, ou 307 por dia, tornando-o a principal causa de morte no país.

Quais os tipos de AVC

Existem dois tipos de AVC. O isquêmico, quando um coágulo interrompe a passagem de sangue para uma determinada região do tecido cerebral, e o hemorrágico, que é quando um determinado vaso se rompe, causando o extravasamento de sangue para a caixa craniana. O isquêmico é o de maior incidência na população brasileira.

Os desdobramentos são graves e o tratamento precisa ser instituído precocemente. Por isso, o rápido reconhecimento e atendimento são fundamentais para aumentar as chances de sobrevivência e diminuição das sequelas.


Fatores de risco e sintomas

Em primeiros socorros é muito difícil diferenciar um AVC isquêmico de um AVC hemorrágico e, na prática, isto não fará diferença, sendo o mais importante reconhecer o desenvolvimento do derrame e o pronto acionamento do serviço de emergência, afinal, a cada minuto perdido, cerca de 2 milhões de neurônios morre, de acordo com a neurologista Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC e da Organização Mundial de AVC,

Fumantes, hipertensos, sedentários e obsessos, por exemplo, são grupos de pessoas que tem risco aumentado para AVC, Além disso, pessoas que se alimentam mal, bebem demasiadamente e são estressadas também estão no grupo de risco.

É imprescindível, portanto, que você tenha uma alimentação equilibrada, faça exercícios físicos regularmente e consulte um médico periodicamente para investigar doenças como hipertensão e diabetes.

Como identificar um AVC

Existe uma escala, chamada de Cincinnati, que utiliza diversos parâmetros para realizar a avaliação e identificação. Porém, seu uso não é comum em primeiros socorros e, por isso, estudantes da Liga de Neurologia da Bahia adaptaram uma palavra muito conhecida pela população para ajudar a lembrar dos passos a serem seguidos diante da suspeita de um derrame: SAMU!

Ao se deparar com uma pessoa com suspeita de AVC, peça para que ela, inicialmente, tente Sorrir. Na sequência peça para que ela tenta erguer os braços e Abraçá-lo(a). Peça para que tente cantar uma Música ou mesmo tentar falar alguma frase com palavras difíceis, como por exemplo, o rato roeu a roupa do rei de Roma. Na incapacidade de executar algumas destas simples tarefas, a suspeita de um derrame é grande e, nesse caso, você está diante de uma Urgência. Imediatamente acione o socorro por meio do telefone 192 informe o que está acontecendo.



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