6 dicas fundamentais para alcançar o primeiro emprego na enfermagem - e se manter nele!
Texto originalmente publicado por Carlos Felipe dos Santos em 17/jan/25.
Disponível em https://medium.com/p/faaff9d1567f
Tempo de leitura: 4min.
Quando comecei a graduação em enfermagem, quase diariamente ouvia frases desmotivadoras, como: “Enfermagem ganha mal”, “É difícil arrumar o primeiro emprego”, entre tantas outras.
Essas afirmações podem até fazer sentido, mas não são exclusivas à área da saúde. Infelizmente, é comum encontrar profissionais de outras áreas reclamando das mesmas dificuldades. Então, o que fazer para conquistar a tão sonhada vaga?
Se você tem uma bolsa integral, ou está trabalhando em alguma outra área e, portanto, não tem a obrigação de, tão logo concluir a graduação, arrumar um emprego como enfermeiro, creio que o melhor caminho é investir o seu tempo estudando mais um pouco para passar numa residência (seja ela uni ou multiprofissional) ou num concurso público.
No caso da residência, você recebe R$ 4.106,09 para estudar! Parece interessante, não é mesmo? E, no caso dos concursos públicos, existem ótimas opções com salários superiores a R$ 8.000,00, além de vários benefícios.
Agora, se assim como eu, você depende de se formar em um dia e começar a trabalhar no outro, permita-me compartilhar não uma fórmula mágica, mas 6 dicas que funcionaram pra mim e podem dar certo para você também!
1. Estude
Quando falo para estudar, não me refiro a frequentar a sala de aula de segunda à sexta, afinal, isso é sua obrigação, é o básico! Estude em casa. Leia livros. Aprofunde-se nos assuntos que despertam seu interesse e trabalhe nas áreas em que tem mais dificuldade. Essa base teórica sólida fará diferença em provas e entrevistas, que costumam ser bastante desafiadoras — acredite!
Estude para além da sala de aula. Imagem: pixabay.
2. Faça network
Ao investir nos estudos, você certamente passará a frequentar eventos, como congressos, workshops, palestras e outros, tanto dentro quanto fora da faculdade. Aproveite estes momentos para estreitar laços com seus professores, colegas e profissionais de outras áreas.
Como sabemos, a maior parte das vagas no mercado de trabalho são preenchidas por indicação, e ter uma boa base de contatos te ajudará. Mas lembre-se: networking não é ter uma lista cheia de contatos telefônicos para pedir emprego. É ser interessante, não interesseiro! Crie conexões autênticas!
Congressos e palestras são boas oportunidades para criar conexões e conhecer mais sua área de atuação. Imagem: ICSA/pexels.
3. Especialize-se
A pós-graduação já não é um diferencial — é um requisito básico. Aqui, permite-me contar um pouco da minha experiência.
Eu conclui a graduação desempregado. Não tinha condições de frequentar uma pós dos sonhos, naquela instituição hospitalar de renome, sabe? Nesse caso, eu tinha três opções: frequentar um curso presencial mais barato (ainda assim, caro para minha situação financeira à época); fazer uma pós à distância (mais barata e, caso eu arrumasse um emprego, não seria impactado por uma escala de trabalho não flexível); ou tentar a sorte e ir atrás de um emprego apenas com o basicão da graduação.
Levei dois meses pesquisando uma pós graduação online que tivesse um bom conteúdo e excelentes professores. Eu já sabia o que estava procurando, então não sai comprando o primeiro curso que apareceu. Eu escolhi a pós graduação da Gran Faculdade. O preço é super acessível, o conteúdo é extenso e os professores, excelentes!
4. Mantenha-se atualizado
Com o dinheiro economizado na pós online, investi em cursos que possibilitaram enriquecer o currículo, desenvolver habilidades práticas e, não menos importante, manter-me atualizado, afinal, na nossa área, sempre tem alguma novidade.
Me certifiquei em ACLS — Suporte Avançado de Vida Cardiovascular (um baita diferencial no currículo, pois mesmo os profissionais mais experientes não possuem esse curso, e isso certamente me ajudou na hora da entrevista) e em trauma, obtendo a certificação EMR — Emergency Medical Response. Somei, ainda, habilitações em Punção Intraóssea e Dispositivos Supraglóticos.
Certificação em Suporte Avançado de Vida Cardiovascular é um diferrencial no currículo do enfermeiro. Imagem: Andrzej Rembowski/pixabay.
5. Seja apaixonado pela sua profissão
Seu primeiro emprego talvez não seja no lugar dos sonhos, e os desafios podem ser desanimadores. Mas a paixão pela profissão transforma dificuldades em aprendizado. Um acompanhante difícil, um colega tóxico ou um processo complexo podem ser oportunidades para desenvolver competências e resiliência, e isso te fará um profissional melhor e mais preparado para novas oportunidades.
6. Mantenha os pés no chão
Depois que você vencer a barreira dos 90 dias de experiência, um peso gigantesco sairá das suas costas e suas noites de sono serão melhores. Após os 6 meses então, você se sentirá um deus abrindo o mar vermelho, o dono do setor. Mas calma! Mantenha os pés no chão e seja humilde.
Naturalmente, todos os desafios que você superar no seu trabalho te colocarão numa zona de segurança. Mas eu tenho para mim que essa tal segurança é como slackline — aquele esporte que você tenta se equilibrar numa corda bamba. Pra sofrer uma queda é muito fácil — e rápido.
Por melhor profissional que você seja, daqueles que recebe elogios — formais ou não — você continuará cometendo erros. Aprenda com eles, aceite feedbacks e mantenha-se aberto a novas oportunidades.
E então, essas dicas fazem sentido para você?